Melhor que uma geladinha, é uma selecção delas…
…neste caso uma Selecção 1927 – a escolha dos Mestres Cervejeiros da Unicer, inspirada na vida outdoor e cosmopolita, com o objectivo de levar a prática cervejeira a todas as pessoas.
Nos últimos anos, tem aumentado de forma significativa a quantidade de cervejas artesanais elaboradas em Portugal, e a Super Bock acompanhou o fenómeno tendo apostado também nesse segmento.
A Super Bock Abadia foi a primeira cerveja de receita artesanal a ser lançada no mercado, com uma imagem que recria a rosácea do Mosteiro de Leça do Balio. Na altura, a aceitação por parte do consumidor foi um sucesso. Isso foi em 2006, mas desde aí muita coisa mudou.
A Super Bock criou uma Oficina da Cerveja apenas para a elaboração de cervejas artesanais, uma estrutura autónoma e independente das linhas industriais, que permite a produção de cerveja em pequena escala, e aposta agora nas cervejas especiais da gama Selecção 1927.
São elas a Munich Dunkel, a Bengal Amber IPA, a Bavaria Weiss e a Czech Golden Lager – a mais recente a ser lançada -, e agora disponíveis também no formato de garrafa de 33cl, para consumo individual, e à pressão em barril de 20L – com tecnologia PET e de tara perdida, uma inovação da Unicer para potenciar a excelência do serviço dos diferentes tipos de cerveja.
E nós deliciámo-nos a provar todas!
Na Sala Original de Fabrico, onde ainda hoje se encontram as originais caldeiras de cobre com mais de 50 anos, na companhia dos Mestres Cervejeiros e dos produtores de lúpulo transmontano, tivemos oportunidade de participar num almoço que pretendeu demonstrar a capacidade de harmonização gastronómica das diferentes cervejas artesanais Selecção 1927.
O menu elaborado pelos Chefs Miguel Castro e Silva e Luis Américo, foi guiado e comentado por Beatriz Carvalho, a única beer sommelier portuguesa.
Os Chefs ajudam a interpretar a cerveja com outros descritores, focando-se na sua mais-valia à mesa e como companhia de um bom “petisco”.
Czech Golden Lager
5,0% alc./vol.
Uma recriação da receita de 1842 do cervejeiro Josef Groll, da Bavaria ( Alemanha), tendo os Mestres Cervejeiros da Unicer recorrido a matérias-primas nacionais, para reforçar a entidade portuguesa nesta cerveja tipicamente checa. O malte pilsen utilizado é proveniente da Maltibérica, enquanto que o lúpulo é o distinto Nugget transmontano, 100% nacional.
É uma cerveja dourada e brilhante, com espuma cremosa e consistente, um sabor rico a malte e harmonioso entre doce e amargo, alguma complexidade e um final de boca elegante em que perdura o bom amargo. A nova Czech Golden Lager é ideal para acompanhar pratos leves, saladas, queijos e pratos de peixe ou carne branca.
Os Chefs fizeram ligações muito diferentes, a explorar a sua acidez.
Chef Miguel Castro e Silva.
Apresentou Enguia Fumada, a iguaria perfeita para uma entrada mais refinada e que eleva a ideia que temos de “petisco cervejeiro”.
Chef Luis Américo.
Inspirado nos momentos divertidos com os amigos, apresentou-nos uma gulosa Moqueca de Camarão. Um prato com alguma doçura para casar com o relativo amargo da cerveja, e com a folha de lúpulo a fazer parte dos ingredientes.
Bavaria Weiss
5,0% alc./vol.
Uma cerveja leve, onde o lúpulo praticamente não se nota, pois é o malte de trigo que ocupa aqui o papel principal. Muito clara e turva, é frutada e apresenta um corpo ligeiro, suave e refrescante, pouco amargo, com boa acidez, uma weiss que perdura. Por se tratar de uma cerveja mais amarga do que uma pilsener normal, combina com saladas, entradas salgadas, snacks e pratos com ervas aromáticas, com alguma gordura ou de moderada intensidade.
Chef Miguel Castro e Silva.
Pela sua interpretação, está aqui uma boa cerveja para os fãs de Risoto, e foi esse mesmo o prato que apresentou.
Chef Luis Américo.
Pelas características refrescantes desta cerveja, escolheu o equilíbrio de um Wrap para comer à mão, com salmão, cebola, rúcula e maionese. Uma ideia saborosa e simples o suficiente para a podermos recriar em casa.
Munich Dunkel
6,0% alc./vol.
Produzida com Malte especial Munique, é uma cerveja castanha e brilhante, com espuma cremosa e cor de areia. Assume um aroma rico a malte, chocolate, frutos secos e fumado ligeiro. Na boca é elegante, amargo discreto, sustentando a doçura do malte. O sabor rico e doce a malte, alfarroba e chocolate estão em harmonia com a acidez. Fim de boca médio, frutado e ligeiramente tostado. Uma cerveja intensa, a alinhar com a gastronomia portuguesa, e perfeita para acompanhar pratos de grande carácter como entradas de queijos fortes ou pratos principais de carnes grelhadas, salsichas e aves.
Chef Miguel Castro e Silva.
Inspirou-se na linguagem Street Food e preparou um Pão de Mafra com Atum dos Açores, bem picante e curiosamente com as cores desta Munich Dunkel. Seguiu-se um Tártaro de Atum, com molho de soja e ovo, que estava absolutamente uma delícia, e ligou muito bem com a cerveja.
Chef Luis Américo.
Para acompanhar esta que é nitidamente uma cerveja para pratos de carne e que liga muito bem com o doce, confeccionou um Magret de Pato com um delicioso puré de batata doce.
Bengal Amber IPA
6,5% alc./vol.
Uma cerveja com a cor do açafrão das Índias, espuma cremosa, brilhante, viva e muito aromática. Frutados e cítricos que antecedem o sabor forte a lúpulo e o amargo equilibrado pelo doce do malte. Fim de boca persistente, com bom amargo, intenso e seco. Pelas suas características foi a cerveja escolhida para as sobremesas.
Chef Miguel Castro e Silva.
Uma intensa Abóbora com Queijo da Ilha.
Chef Luis Américo.
Uma Bruschetta com mozzarela fumada, presunto de porco bísaro produzido no Norte de Portugal, compota de pimentos e maçã caramelizada.
No final experimentámos o casamento entre Cerveja e Chocolate!
A surpresa foi a apresentação de um bombom criado propositadamente para o efeito, pelas mãos de um Mestre Chocolateiro – Imperial Stout by António Melgão – com todos os ingredientes que estão presentes no fabrico da cerveja, o uso da Selecção 1927 e um toque irreverente dado pelas Peta Zetas, a fazer lembrar a efervescência da própria bebida. Ao vivo assistimos à confecção de uma Trufa de Licor de Cerveja sem álcool, e provámos ainda o chocolate negro AlemTejo.
Sempre gostámos de cerveja, e com toda esta diversidade é fácil gostar cada vez mais!
Os Mestres Cervejeiros da Super Bock têm um trabalho de equipa apaixonante, estudam e testam várias fórmulas para criar novas cervejas. O objectivo é elevar a experiência de consumo, através da diversificação e de um carácter distintivo, porque a cerveja é sem dúvida mais do que o acompanhamento do tremoço.
À mesa há algumas ideias básicas a ter em conta para harmonizar os sabores dos alimentos – ácido, salgado, doce, amargo – com os das cervejas – ácidas, doces, amargas, encorpadas. Normalmente as cervejas mais leves combinam com pratos leves, e as mais encorpadas com pratos mais complexos. Até os doces combinam bem com a cerveja, de preferência uma mais escura.
Mas na verdade, uma geladinha sabe sempre bem a qualquer hora e com qualquer coisa!
Unicer / Casa da Cerveja Super Bock
Leça do Balio, 4466-955 S. Mamede de Infesta, Portugal
COORDENADAS GPS: N 41º 12´49″ W 08º 37´36″
Nota: A ilustradora Catarina Gomes fez os registos ilustrados da apresentação das Cervejas Artesanais Selecção 1927.
[…] O post continua… com as geladinhas! […]