Post 100% artesanal como a cerveja…
Para conhecer mais um pouco deste para nós “novo mundo” das cervejas artesanais, visitámos recentemente a Faustino Microcervejeira, onde se produz a famosa Cerveja Maldita com que nos temos deliciado ultimamente, e da qual somos fãs. Receberam-nos o Gonçalo e o Artur Faustino, a quem pedimos para nos contarem um pouco sobre a história deste seu projecto…
A origem.
O Gonçalo tinha uma paixão pela cerveja artesanal, dedicou-lhe tanto tempo, que acabou por criar a sua própria marca… de nome Maldita… porque “alguém” se queixou do tempo que lhe roubou…
A história.
Formado engenheiro químico, o Gonçalo, desafiou o pai, Artur Faustino, e lançaram-se neste projecto, com apoio da incubadora de empresas da Universidade de Aveiro.
A essência.
Despertar sensações através dos sabores muito próprios da cerveja artesanal…degustar.
Finda a apresentação, passámos ao que nos suscitava maior curiosidade… a produção da dita! Este processo demora em média 5/6 semanas, e começa na escolha da matéria-prima/ingredientes. Nesta casa, seguem-se os princípios da lei de pureza alemã (Reinheitsgebot), e portanto são só 4: Água, Malte, Lúpulo e Fermento (levedura cervejeira). Põe-se o grão a moer, só para estalar, e passa-se de seguida à máquina de brassagem onde levanta fervura. Depois é filtrado, e por fim fica cerca de duas semanas no fermentador, onde tivemos a oportunidade de cheirar a que estava em produção.
A cervejinha também estagia, e fica pelo menos 3 semanas na garrafa. “A cerveja artesanal é 100% natural, não tem qualquer tipo de aditivos, injeção de gás ou diluições. A cerveja vem na garrafa com a própria levedura”, explica o Gonçalo Faustino, e como resultado final tem “um sabor muito mais intenso e, sobretudo, muito puro”.
Pronta a beber, chegou a hora de provarmos as três especialidades da casa:
Robust Porter > Torrada e Robusta | Bohemian Pilsener > Equilibrada e Suave | English Barleywine > Frutada e Intensa
Enquanto provávamos, a conversar um pouco, chegámos à conclusão que estas cervejas são únicas e para serem apreciadas sem pressas… Aprendemos que o tipo de copo influencia a sua degustação. Consoante o tipo de cerveja que estamos a beber devemos escolher o copo adequado… para melhor apreciarmos o aroma, a espuma e a cor. No caso da Maldita, no próprio rótulo está indicado qual o copo que deve ser utilizado.
Para a Pilsener, recomenda-se um copo alto, tipo de fino/imperial, e que seja servida a uma temperatura de 6º.
Para a English Barleywine um cálice tipo brandy/conhaque e servida a 10º.
Para a Porter um copo alto e quase cilíndrico, com a temperatura adequada a ser mais uma vez a 10º.
Para cada uma delas os mentores do projecto criaram ainda um conceito de Beer Pairing, que podem consultar no site, e que reside sobretudo na valorização das experiências e sensações que podemos desfrutar quando conjugamos estes três tipos de Cerveja Maldita com a comida.
E foi o que fizemos, quando nos despedimos dos nossos anfitriões, já por volta da hora do jantar… fomos testar o que aprendemos na prova, junto de uma “calzone” e uma “pasta” bolonhesa!
A verdade é que aprendemos imenso nesta visita, e passámos a olhar a cerveja de outra forma… esperemos que vocês também! Adoramos cerveja… uma cervejinha enquanto se faz o jantar…uma cervejinha para temperar o jantar… uma cervejinha cai sempre bem! Se é caso para beber umas jolas, tipo siga e bota abaixo é melhor escolher outras… porque estas três meninas foram criadas para serem saboreadas!
Eu que nem aprecio cerveja não resisto a uma maldita!!! Já encomendei para o Natal… 🙂
Isso é que é uma novidade!