Depois de um dia em cheio, de provas e convívio com amigos, seguimos à procura de mais uma referência gastronómica…
A caminho de Linhares da Beira por volta das 19h da tarde não se via ninguém, só uma neblina bucólica… no rádio ouvíamos os GNR…”Adoro as pulgas dos cães/Todos os bichos do mato“.
Chegados, parámos um pouco a admirar esta aldeia histórica, já não era a primeira vez que por ali andávamos, mas neste dia parecia ainda mais bonita, mais romântica… final do dia e a sentir aquele primeiro frio que vem da serra…Brrr…a precisar de um abrigo, porque ainda era muito cedo para jantar, fomos aquecer-nos no Solar de Linhares do Inatel.
Hora de jantar, umas ruas acima e chegávamos ao nosso destino. Efectivamente… este é um post sádico, porque nos recorda os sabores e faz crescer água na boca. O restaurante Cova da Loba podia bem ser considerado como uma tentação demoníaca… mas não nos parece, afinal é só boa comida, bom ambiente e boa gente.
Agora, temos de admitir, a comida é verdadeiramente uma tentação.
Logo à entrada apresentaram manteiga de farinheira, pasta de azeitona, morcela com maçã e chouriço em azeite. Podem não acreditar, mas contivemo-nos e ficámo-nos só pela manteiga de farinheira e pasta de azeitona… e foi o suficiente para nos deliciar, que sabores!! Como vos descrever a nossa satisfação gulosa por todos os pratos que se foram seguindo? Os cogumelos salteados, a sopa do mar em massa folhada e o peito de pato corado… Para finalizar na perfeição esta refeição deliciosa, partilhámos um macerado de fruta com crocante de amêndoa… uma doce despedida.
Hora de voltar, com uma sensação boa… uma antiga casa de pedra com uma nova cozinha de inspiração serrana que definitivamente nos conquistou.
E à altura da gastronomia, uma carta de vinhos para lá de qualquer repreensão. O que se pode querer mais a não ser voltar? E para a próxima, quem sabe, já com a lareira acesa e preparados para provar as burras de porco preto estufadas em vinho tinto e servidas em centeio.
O restaurante foi buscar o nome a uma lenda local, a lenda da ‘Cova daLoba’!