Conhecemos os vinhos da 1912 Winemakers pela primeira vez no Taste Douro, em Lamego, e foi onde fizemos também um amigo, o Pedro Pinto. Quase um ano depois de termos trazido para casa o equilibrado Piorro tinto 2011 (que podem ver aqui), tinha chegado a altura de conhecer melhor outras referências da marca e o terroir destes vinhos, mas essencialmente visitar o nosso amigo.
Encontrámo-nos em Barqueiros, na Quinta de São Bernardo, aquela que pode ser considerada o berço da 1912 Winemakers, onde os proprietários António e Edmar Monteiro, que desde pequenos ajudavam o seu pai em torno da propriedade, viram nascer a paixão que têm hoje pela terra e suas origens.
Situada na margem direita do rio Douro, numa encosta exposta a Sudeste, na freguesia de Vila Jusã, concelho de Mesão Frio…
passando a linha do comboio, a imagem que fica é a de uma entrada que tem tanto de imponente como de romântica.
A Quinta data objectivamente de 1912, e as suas cepas centenárias dão origem a vinhos de alta qualidade. Constituída por uma vinha muito velha e talhões plantados há 15-20 anos, com castas separadas de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, produz vinhos frutados, equilibrados, elegantes e com boa estrutura, podendo ser consumidos jovens ou guardados por mais uns anos.
Num bonito dia de Sol já ficaríamos felizes só em percorrer as vinhas encosta abaixo até ao rio, com um copo de vinho…
mas dentro da Adega esperava-nos uma prova dos vinhos, desta e de outras quintas que compõem a 1912 Winemakers, como a referência Encosta do Bocho que não conhecíamos.
Estes foram os vinhos que ficámos algumas horas a provar, porque a conversa entre amigos também nos ia distraindo…
Brancos:
. Piorro Colheita 2013
. Piorro 2011
. Piorro Vinhas Velhas 2011
. Piorro Vinhas Velhas 2013
. Encosta do Bocho Grande Reserva 2012
Tintos:
. Piorro Colheita 2011
. Piorro Reserva 2009
. Piorro Grande Reserva 2009
. Encosta do Bocho Colheita 2011
. Encosta do Bocho Reserva 2009
. Encosta do Bocho Grande Reserva 2009
Espumantes:
. Espumante Piorro Rosé Bruto 2011
Aventurámo-nos ainda na na prova do azeite da casa, para nós uma novidade… e não, não foi degustação, foi prova mesmo! Conclusão, preferimos provar vinhos, motivo pelo qual finalizámos o dia com uma colheita tardia e um ataque a uma bola de Lamego! É claro que a prova foi extensa, sobressaindo como é natural uns vinhos mais do que outros, mas no geral acentuou-se a ideia que já tínhamos…
uma arquitectura de vinhos elegantes, bons para a mesa ou para beber a solo.
Respeitando a herança e as tradições, como na maior parte do Douro, são vinhos que mantêm uma boa relação qualidade/preço, muito do agrado do mercado, especialmente a gama Piorro que através de uma simbologia muito própria consegue caracterizar na perfeição os seus vinhos através de adjectivos.
Quanto a nós vamos continuar a beber estes vinhos em nossa casa, a tê-los na nossa garrafeira e a visitar o Pedro Pinto enquanto ele por lá estiver…