Quinta de Cidrô / Alvarinho
Branco Douro 2013
13,5% Vol.
Sexta-feira. Depois de um duro dia de trabalho, enfiamos as malas no carro e seguimos rumo a S. João da Pesqueira. Esperam-nos para jantar na Quinta de Cidrô.
Preocupados, não queremos ser os últimos a chegar. Ligam-nos, afinal o resto do grupo está atrasado. Respiramos aliviados e depois de duas “ansiosas” e “cansativas” horas chegamos finalmente. Somos os primeiros. Saímos do carro e recebe-nos o vento cortante e frio do Douro, seguido do calor humano dos caseiros, que bem avisam para termos cuidado com o frio e agasalharmo-nos. Corremos para dentro.
O Palácio de Cidrô espera-nos, recebe-nos em todo o seu esplendor. As lareiras estão acesas, a baixela na mesa… no silêncio apercebemo-nos do ligeiro burburinho de quem se prepara para receber convidados… entre as paredes grossas, as telas dos antepassados e as armas antigas nas paredes.
Mas muito acolhedor este Palácio, mandado construir no séc. XIX pelo Marquês de Soveral, tanto que facilmente nos ambientamos, aquecemos e começamos a pensar no jantar.
Quando o grupo se junta e começamos as provas não estávamos sinceramente à espera de começar por um Alvarinho! Bem impressionados pelo seu aroma, acidez e corpo, “sem perder o tom mais quente do Douro”. Embora tenha acompanhado os aperitivos, facilmente poderia acompanhar uma refeição. Dos vinhos da Quinta de Cidrô não é talvez a referência de que mais se fale, mas a sua pretensão não é menor e revela muito do estudo e trabalho que a Real Companhia Velha tem feito na área de experimentação vitivinícola. A pretensão é a de se produzir Alvarinho de topo no Douro.
A Quinta de Cidrô que é hoje um modelo na Região Demarcada do Douro, por se ter transformado num exemplo de experimentação vitivinícola para toda a região, teve as suas primeiras vinhas plantadas no início do séc. XIX. Na mesma altura foi construído o grandioso Palácio, residência de Verão, por iniciativa do proprietário, o Marquês de Soveral. Foi adquirida em 1972 pela Real Companhia Velha, que tem conduzido um vasto programa de reconversão, incluindo o interior da casa e das próprias vinhas, através de uma nova plantação de sistema vertical aplicado em grande escala.
Numa terra virgem foi utilizada tecnologia de ponta para plantar as melhores castas, ao longo de uma área que excede os 150 hectares e constitui a maior “mancha” de vinha numa só propriedade em toda a região duriense.
A localização da Quinta de Cidrô nada tem a ver com o resto do Douro, com consequências térmicas e no resultado dos vinhos que se produzem ali, onde se adaptam bem as castas brancas. Convivem no terreno algumas castas internacionais – Chardonnay, Sauvignon Blanc, Semillon, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e Gewurztraminer – com as castas da região – Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinto Cão, Touriga Franca, Tinta Francisca, Alicante Bouschet e Tinta Barroca.
Vinhos da Quinta de Cidrô:
. Quinta de Cidrô Alvarinho
. Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc
. Quinta de Cidrô Semillon
. Quinta de Cidrô Chardonnay
. Quinta de Cidrô Gewurztraminer
. Quinta de Cidrô Rosé
. Quinta de Cidrô Rufete
. Quinta de Cidrô Cabernet & Touriga Nacional
. Quinta de Cidrô Pinot Noir
. Quinta de Cidrô Touriga Nacional
Em nossa casa teremos sempre uma boa amostra para servir aos amigos!
INFORMAÇÃO TÉCNICA:
Notas de Prova
Cor: citrina, levemente dourada a denotar concentração
Aroma: fino e delicado, com muita intensidade de notas cítricas e de flor de laranjeira
Sabor: encorpado e fresco
Final de Prova: longo, macio e distinto, com uma acidez estaladiça e saborosa mineralidade
Castas
Alvarinho
Preço: 7,50€