Património Colares
Bebes.Comes 26/12/2016

Colares Chitas / Reserva

Branco Colares 2006
12% Vol.

“How old would you be if you didn’t know how old you are?”

Satchel Paige


Hoje falamos sobre a arte de preservar património único e trazemos no copo uma região tão pequena que cada garrafa é uma preciosidade – Colares.

A zona demarcada de Colares situa-se no concelho de Sintra, entre a Serra de Sintra e o Oceano Atlântico, compreendendo as freguesias de Colares, São Martinho e São João das Lampas.

Restringe-se básicamente, e tão só, a 15 hectares de vinhas que se desenvolvem ao longo da costa, e que conseguiram resistir à pressão do imobiliário e às agruras do clima da região, como os fortes ventos marítimos.

Um terroir único, onde “o vinho se extrai da areia”, com castas singulares, clima temperado e húmido, e que resulta em vinhos genuínos e cheios de carácter, que merecem ser conhecidos e reconhecidos.


O seu valor histórico e de testemunho é único e imenso…


Desde a especificidade dos solos arenosos que conseguiram manter afastada a famosa filoxera, e por isso as vinhas de Colares da casta Ramisco estão entre as mais antigas de Portugal… Até à capacidade de envelhecimento destes vinhos, sendo que ainda hoje se encontram exemplares das décadas de 30, 40 e 50 do século passado em boa forma.

E foi por isso um Colares Chitas Branco Velho que escolhemos para levar aos nossos amigos cujo trabalho diário é exactamente honrar, defender, valorizar e proteger o património.


Estivemos no laboratório de conservação e restauro de obras de arte da Cinábrio.


Onde se cuida do que é nosso, de bens que constituem testemunhos com valor de civilização e de cultura, e que constroem a nossa identidade nacional. Interesse cultural relevante, valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade e singularidade… tudo o que podemos encontrar também em Colares.

Pelo seu valor de testemunho, os bens naturais e ambientais integram também Património Cultural Imóvel.

António Bernardino Paulo da Silva é um dos mais antigos produtores da região de Colares, neto de António Bernardino da Silva Chitas fundador da companhia “Colares Chitas” em 1900, e que faz por defender e manter a “tipicidade” do seu vinho.

Este é um tradicional branco de Colares, de qualidade excepcional, que nos devolve em aromas e prazer toda a sua envolvência marítima.

Um toque mineral, textura seca e boa acidez, a seguir directamente para a mesa ou para a cave.

INFORMAÇÃO TÉCNICA:

Notas de Prova
Cor: palha dourada
Aroma: toque de salinidade, pêssego, marmelo, damasco, alguma fruta seca
Sabor: untuosidade e boa acidez
Final de Prova: longo

Castas
Malvasia, Arinto, D. Branca

Produtor
António Bernardino Paulo da Silva

Preço: 17,50€

Nota: A Cinábrio – Conservação e Restauro, tem por objectivo a preservação e conservação do património artístico e cultural.

Desenvolve a sua actividade em todo o país, actuando em diversas áreas de intervenção como a conservação e o restauro de obras de arte (património móvel e imóvel – pintura, escultura, talha dourada, pintura mural e decorativa, materiais pétreos, azulejo, cerâmica) bem como ao nível da investigação científica e análises laboratoriais.

Um agradecimento especial ao amigo Carlos Janeiro que nos ofereceu esta preciosidade.

2 Comentários

  1. Pena é que averdade nao esteja escrita sob essa dira “preciosidade ” , lamento informar que as colheitas não correspondem á verdade e naturalmente os consumidores são sempre enganados .. é pana mas é verdade ML

    1. Caro Mário Louro, obrigada pelo seu comentário. A ser como diz só podemos lamentar, e continuar a sensibilizar para a importância da preservação do nosso património.

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