O principal segredo do arroz, como nos explicou o Simão, está essencialmente no apuro do refogado e na qualidade dos ingredientes. Um prato delicioso, mas que é afinal bastante simples para qualquer dona de casa…
Um refogado com muita cebola, azeite, alho picadinho, uma folha de louro e um pé de coentros. Junta-se depois o tomate e água aos poucos. As línguas, as estrelas desta noite, são previamente demolhadas e cortadas, mas não na totalidade, para “salgarem” um pouco o arroz de forma natural. Adicionam-se ao nosso refogado apurado, e deixam-se suar ali um bocadinho sem líquido, acrescentando-se depois a água necessária para cozer o arroz, sendo que este só é adicionado quando a água levanta fervura. Servir com coentros picados, para quem goste como nós, ou com salsa para quem preferir.
Depois de termos estado, literalmente, entre tachos e panelas, e com o arroz quase a chegar à mesa… fomos abrindo o palato, com um Quinta da Pedra – Alvarinho, com que o nosso anfitrião nos brindou! Abençoado alvarinho e arroz de línguas diziam os nossos sorrisos enquanto jantávamos, e a conversa girou à volta dos pratos tradicionais da zona e tantos outros que já experimentámos e ainda queremos experimentar!
Para a sobremesa o Diogo surpreendeu-nos com um Brownie de Chocolate e Amêndoa com uma Bola de Gelado de Gin… uma delícia e uma novidade, uma vez que tivemos o privilégio de acompanhar o empratamento e ser os primeiros a experimentar! Que acham de lhe pedirmos a receita também? Abrimos uma garrafa que levámos e o nome fez juz à noite… Grande Encontro 2008… que tão bem acompanhou este final de refeição.
E foi assim que numa noite de chuva, em ambiente familiar, abrimos esta rubrica Cozinho para o Povo, com o objectivo de vos deixar ideias de receitas diferentes, mais caseira ou menos caseiras, guiados pelas mãos de ouro dos nossos Chefes que se escondem pelas cozinhas deste nosso país fora…esperamos que tenham saboreado!
Até breve… com mais ou menos Paprika!
Muito bom este restaurante 🙂 Fui a provadora/cobaia do arroaz de línguas e adorei.
Mas provem a massada de samos também!
Obrigado pela dica Teresa 🙂